[português]

Eclipses toma a forma de dípticos que representam o dia e a noite como uma referência aos mistérios da passagem do tempo. O sujeito representado é uma recriação digital do Palácio das Artes da Oca de Niemeyer em São Paulo. Ao retirar a “cúpula” do edifício como um exercício formal, a artista expõe a estrutura nua do edifício e joga com a luz e uma variação de refletividade e transparência, para descobrir uma representação muito fantasmagórica do edifício. As estruturas de concreto são transformadas pela luz e, nesse contexto, a arquitetura é realizada de forma que a luz se torne sua própria matéria. O reflexo do minúsculo edifício no espelho colocado atrás da imagem impressa em uma espessa superfície de vidro também é visto como um esforço para expandir o edifício e recuperar sua volumetria e estabilidade. Como disse Marc Scala, “as imagens deste sólido edifício mostram o modernismo mais como véu e sombra do que como ideologia prática”.

[inglês]

Eclipses takes shape as diptychs representing day and night as in a reference to the mysteries of the passage of time. The subject represented is a digital recreation of Niemeyer’s Oca Palace of Arts in São Paulo. By removing the building’s “cupula” as a formal exercise, the artist exposes the building’s naked structure and play with light and a variation of reflectiveness and transparency, to discover a very phantasmagoric representation of the building. The concrete structures are transformed by light, and in this context, the architecture is performed in a way that light becomes its very material. The reflection of the tiny building on the mirror set behind the image printed on a thick glass surface is also seen as an effort to expand the building and recuperate its volume and stability. As Marc Scala said, “the images of this solid building show modernism as more veil and shadow than practical ideology”.