Eclipse Anullaire, 2023
Dimensão / Dimension
130 x 80 x 83 cm
Categoria / Category
tridimensional
Material / Materials
mesa Corian com cúpula OCA
[português]
O trabalho de Ana Maria Tavares frequentemente
explora a conexão entre espaços construídos e natureza tropical, ao mesmo tempo
em que oferece uma perspectiva crítica sobre a arquitetura moderna brasileira.
O trabalho da artista faz referência direta ao icônico Pavilhão Lucas Nogueira
Garcez (1951) de Niemeyer, também conhecido como edifício da Oca em São Paulo,
Brasil. Ao analisar a estrutura do edifício, Tavares destaca a autonomia do seu
exterior e interior. Niemeyer projetou a Oca como uma estrutura de concreto
totalmente independente, que repousa no parque como um monólito. Apesar de seu
peso, as curvas lindamente projetadas do exterior do edifício dão a impressão
de uma estrutura leve. No interior, o arquiteto criou três níveis independentes
suspensos por imponentes colunas e uma rampa com corrimãos muito leves. A
experiência de ver esta estrutura flutuar por dentro, iluminada pela luz
natural através de 36 janelas que se projetam do espaço interior como formas
tubulares de máquinas, é surpreendente e arriscada. Em Éclipse Anullaire,
Tavares suspende uma plataforma branca para segurar o elemento de construção
Oca desmoronado. Uma vez removido de seu conjunto original, a remoção total do
interior do edifício cria uma sensação de silêncio, enquanto as sombras de dentro
das janelas formam uma elipse em torno da forma circular do edifício. O
interior torna-se ausente e a Oca, feita de alumínio polido, um ser vazio.
[inglês]
Ana Maria Tavares’ work frequently explores the
connection between built spaces and tropical nature, while also offering a
critical perspective on modern Brazilian architecture. The artist’s work
directly reference Niemeyer’s iconic Lucas Nogueira Garcez Pavilion (1951),
also known as the Oca building in São Paulo, Brazil. By analyzing
the structure of the building, Tavares highlights the autonomy of its exterior
and interior. Niemeyer designed the Oca as a completely independent structure
made of concrete, which rests in the park like a monolith. Despite its weight,
the beautifully projected curves of the building’s exterior give the impression
of a lightweight structure. Inside, the architect created three independent
levels suspended by imposing columns and a ramp with very light handrails. The
experience of seeing this structure float inside, illuminated by natural light
through 36 windows that protrude from the interior space like tubular
machine-like forms, is both amazing and risky. In Eclipse Anullaire, Tavares
suspends a white platform to hold the collapsed Oca building element. Once
removed from its original ensemble, the complete removal of the building’s
interior creates a sense of silence, while shadows from inside the windows form
an ellipse around the circular shape of the building. The interior becomes absent and the
Oca, made of polished aluminum, an empty being.
Éclipse Anullaire, 2023. Mesa Corian com cúpula OCA, 155 x 130 x 80 cm, edição de 3. Créditos: cortesia da artista e Galleria Continua, foto por Allison Borgo.
Detalhe da obra. Créditos: cortesia da artista e Galleria Continua, foto por Allison Borgo.
Detalhe da obra. Créditos: cortesia da artista e Galleria Continua, foto por Allison Borgo.
Éclipse Anullaire. Vista da exposição "Sortir du Silence: au-delà de la modernité", na Galleria Continua - Paris, 2023. Créditos: cortesia da artista e Galleria Continua, foto por Allison Borgo.
Éclipse Anullaire. Vista da exposição "Sortir du Silence: au-delà de la modernité, na Galleria Continua - Paris, 2023. Créditos: Ana Maria Tavares.
Éclipse Anullaire. Vista da exposição "Sortir du Silence: au-delà de la modernité, na Galleria Continua - Paris, 2023. Créditos: cortesia da artista e Galleria Continua, foto por Allison Borgo