[português]
Projetada para ser afixada na superfície branca da parede, a obra Guarda-Corpo reserva um assento para o visitante e tem como complemento duas barras de proteção instaladas ao alcance das mãos. Um pequeno suporte para o apoio dos pés, acoplado à parte inferior do assento, faz com que o visitante fique confortavelmente posicionado a uma altura de, aproximadamente, oitenta centímetros acima do nível do chão. Esse pequeno deslocamento parece ser o suficiente para nomear um espaço diferenciado de onde o visitante observa.
O Guarda-Corpo pretende transformar o espectador em uma espécie de usuário/analista e capacitá-lo a reconhecer o “momento-arte” ao qual está submetido. Como um aparelho/prótese, Guarda-Corpo cumpre a função de amplificar a capacidade perceptiva e mental de seu usuário através da dilação da experiência no interior da obra.
Ana Maria Tavares, 2000
Guarda-Corpo, 1996. Aço inox, couro e espuma. 250 x 90 x 70 cm. Edição única. Créditos: Eduardo Brandão.