Bico de Diamante, 1990
Dimensão / Dimension
70 m2
Categoria / Category
instalação
Material / Materials
Aço carbono, chapa galvanizada e poliuretano metálico (azul verde) e colunas de alvenaria
[português]
A obra “Bico de Diamante” tinha como
objetivo criar uma tensão entre o lugar reservado ao espectador e o espaço
destinado à obra em si. O espaço para o espectador era demarcado por um “beiral”
que dividia o ambiente, estabelecendo uma suposta área de domínio para o
visitante que deveria contemplar a obra à distância. Por outro lado, a área da
obra consistia em chapas de metal que revestiam a parede de maior extensão do ambiente,
capturando o olhar do espectador e proporcionando a contemplação de diversos
planos de cor e luz verde-metálicos, criando um efeito quase hipnótico. Essa obra, como uma superfície plana,
fazia alusão à pintura tradicional ilusionista e ao tableau, que, por sua vez,
remetia à paisagem. Ela levava o espectador a uma experiência puramente visual,
suspendendo sua percepção do espaço-tempo real. A noção de paisagem era
construída principalmente pela articulação dos diversos elementos da obra, e
especialmente pelo grande painel pintado na cor verde-azul que banhava todo o
espaço, criando um contraste complementar alaranjado e proporcionando uma
atmosfera incomum ao ambiente. A obra busca criar um tensionamento
entre o espectador e o espaço da obra, utilizando elementos visuais e a manipulação
da percepção do ambiente para provocar uma experiência estética e contemplativa.
[inglês]
The
work “Bico de Diamante” aimed to create a tension between the place reserved
for the spectator and the space reserved for the work itself. The space for the
spectator was demarcated by an “eaves” that divided the environment,
establishing a supposed domain area for the visitor who should contemplate the
work from a distance. On the other hand, the area of the work consisted of
metal sheets that covered the largest wall in the room, capturing the viewer's
gaze and allowing the contemplation of different planes of green-metallic color
and light, creating an almost hypnotic effect. This
work, as a flat surface, alluded to traditional illusionist painting and the
tableau, which, in turn, referred to the landscape. It took the viewer into a
purely visual experience, suspending their perception of real space-time. The
notion of landscape was mainly built by the articulation of the various
elements of the work, and especially by the large panel painted in blue-green
color that bathed the entire space, creating a complementary orange contrast
and providing an unusual atmosphere to the environment.The
work seeks to create a tension between the spectator and the space of the work,
using visual elements and the manipulation of the perception of the environment
to provoke an aesthetic and contemplative experience.
Ana Maria Tavares, 2000
Vista da exposição "No Lugar Mesmo: uma Antologia de Ana Maria Tavares", na Pinacoteca de São Paulo, São Paulo, 2016. Créditos: Isabella Matheus.
Vista da exposição "No Lugar Mesmo: uma Antologia de Ana Maria Tavares", na Pinacoteca de São Paulo, São Paulo, 2016. Créditos: Isabella Matheus.
Vista da exposição "No Lugar Mesmo: uma Antologia de Ana Maria Tavares", na Pinacoteca de São Paulo, São Paulo, 2016. Créditos: Pedro Perez Machado.
Vista da exposição "Apropriações", no Paço das Artes, São Paulo, 1990. Créditos: Rômulo Fialdini.
Vista da exposição "Apropriações", no Paço das Artes, São Paulo, 1990. Créditos: Rômulo Fialdini.
Vista da exposição "Apropriações", no Paço das Artes, São Paulo, 1990. Créditos: Rômulo Fialdini.