Airshaft I - XXII, 2008
Dimensão / Dimension
136 x 240 cm e 163,5 x 108 cm
Categoria / Category
digital modeling
Material / Materials
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemuehle Photo Rag 308g, acrilico e alumínio

[português]

“Uma escada em espiral se eleva na fachada de uma fábrica têxtil abandonada em São Paulo. (…) Em 2002, esta escada em caracol serviu de ponto de partida, ou certamente de entrada, para a intervenção de arte pública de Ana Maria Tavares na fábrica. Naquele trabalho, intitulado “Labirinto”, a artista criou um sistema complexo de escadas e plataformas que serpenteiam através do edifício. Ela perfurou pisos e paredes, a fim de reconfigurar o sistema industrial.Vários anos depois, Tavares continuaria a usar a escada em espiral e plataformas metálicas em uma série de vídeos e trabalhos de caráter fotográfico chamados coletivamente Airshaft. Como o título desse último grupo de obras indica, o espaço intersticial continua a ser crucial para a produção e a reflexão da artista: airshaft indica passagens tanto para a circulação ambiental como para o movimento humano (um poço de elevador, por exemplo). Consequentemente, Giovanni Battista Piranesi torna-se um interlocutor importante: a obra do artista do século XVIII Carceri d'Invenzione enfatiza não só intervalos verticais e horizontais, mas também uma derrapagem, ou perda de limites exteriores. Piranesi fornece, então, um vetor adicional (anacrônico) à tentativa de Tavares em lidar com os problemas contemporâneos de fragmentação e com as fronteiras e os limites tendenciosos. (…) Design, ordem e estrutura estão destinados à fragmentação, desordem e dissolução. Em vez de abandonar o primeiro ou o último, Tavares junta os dois de uma forma que não apresenta necessariamente respostas, mas examina novas formas de explorar e pensar.”

Trecho extraído do ensaio crítico “Sobre o Fragmento: Piranesi e Ana Maria Tavares em um Exercício Duracional” por Fabiola López-Durán e Philip Kelleher. Houston, 2015


[inglês]

“A spiral staircase rises from the facade of an abandoned textile factory in São Paulo. (…) In 2002, this spiral staircase served as the starting point, or indeed the entry point, for Ana Maria Tavares' public art intervention at the factory. In that work, entitled “Labirinto”, the artist created a complex system of stairs and platforms that meander through the building. She drilled into floors and walls in order to reconfigure the industrial system. Several years later, Tavares would continue to use the spiral staircase and metal platforms in a series of video and photographic works collectively called Airshaft. As the title of this last group of works indicates, the interstitial space continues to be crucial to the artist's production and reflection: airshaft indicates passages for both environmental circulation and human movement (an elevator shaft, for example). Consequently, Giovanni Battista Piranesi becomes an important interlocutor: the work of the 18th-century artist Carceri d'Invenzione emphasizes not only vertical and horizontal intervals, but also a slippage, or loss of outer limits. Piranesi thus provides an additional (anachronistic) vector to Tavares' attempt to deal with contemporary problems of fragmentation and with biased borders and limits. (…) Design, order and structure are destined for fragmentation, disorder and dissolution. Rather than abandoning the former or the latter, Tavares brings the two together in a way that doesn't necessarily present answers, but examines new ways of exploring and thinking.”

Excerpt from the critical essay “About the Fragment: Piranesi and Ana Maria Tavares in a Durational Exercise” by Fabiola López-Durán and Philip Kelleher. Houston, 2015

Airshaft I, 2008. 136 cm x 240 x 2,5 cm (3 módulos), imagem digital, edição única.


Airshaft III, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm (3 módulos), imagem digital, edição única.


Airshaft IV, 2008 . 136 x 240 x 2,5 cm (3 módulos), imagem digital, edição única.


Airshaft V, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm (03 módulos), imagem digital, edição única.


Airshaft VI, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm (03 módulos), imagem digital, edição única.


Airshaft VII, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm (03 módulos), imagem digital, edição única.


Airshaft VIII, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm (03 módulos), imagem digital, edição única.


Airshaft IX, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm (03 módulos), imagem digital, edição única.


Airshaft X, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm (03 módulos), imagem digital, edição única.


Airshaft XI, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm (03 módulos), imagem digital, edição única.


Airshaft XII, 2008. 163,5 x 108,0 x 2,5 cm, imagem digital, edição única.


Airshaft XIII, 2008. 163,5 x 108,0 x 2,5 cm, imagem digital, edição única.


Airshaft XIV, 2008. 163,5 x 108,0 x 2,5 cm, imagem digital, edição única.


Airshaft XV, 2008. 163,5 x 108,0 x 2,5 cm, imagem digital, edição única.


Airshaft XVI, 2008. 163,5 x 108,0 x 2,5 cm, imagem digital, edição única.


Airshaft XVII, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm, imagem digital, edição única.


Airshaft XVIII, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm, imagem digital, edição única.


Airshaft XIX, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm, imagem digital, edição única.


Airshaft XX, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm, imagem digital, edição única.


Airshaft XXI, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm, imagem digital, edição única.


Airshaft XXII, 2008. 136 x 240 x 2,5 cm, imagem digital, edição única.