Parede Loos com Paraíso ( da série Bunker - O Homem ilha), 2014
Dimensão / Dimension
variable
Categoria / Category
installation
Material / Materials
Projeção de vídeo, pintura sobre paredes brancas e instalação sonora / Video projection painting on white wall and sound installation

[português]

A obra “Parede Loos com Paraíso (da série Bunker – O Homem Ilha)” simula a fachada de uma casa projetada por Adolf Loos para Josephine Baker, mas que nunca foi construída. As listras pretas e brancas da fachada são transpostas para as paredes do interior do espaço do museu, onde um vídeo é projetado para dar vida e movimento à arquitetura. A videomontagem é criada com base na construção de uma maquete virtual da casa de Baker usando técnicas digitais de animação, combinada com a obra “Paraíso (da série Bunker – O Homem Ilha)” e imagens da natureza tropical capturadas em filmes antigos.

A obra explora a dualidade entre a arquitetura e natureza, usando a casa de Baker como um símbolo de uma arquitetura horizontal que encapsula e isola os indivíduos. A natureza real é apresentada como inacessível e transformada em uma miragem ou sonho, enquanto a arquitetura representa um mecanismo de controle e normalização. A obra também aborda a relação entre o conceito de paraíso, associado tanto à natureza quanto à utopia, e o conceito de “O Homem Ilha”, onde o indivíduo é despersonalizado e transformado em um objeto naturalizado.

A utilização das imagens dos bunkers feitos de aço inox e vidro sugerem uma ambiguidade, representando tanto uma arquitetura horizontal como um mecanismo de controle. Esses bunkers também são associados a piscinas, destacando a construção artificial do ambiente.

Essa obra faz uma reflexão sobre a relação entre a arquitetura, a natureza e a ideia de paraíso, ao mesmo tempo em que questiona a forma como o “natural” é assimilado e normalizado pela sociedade moderna brasileira.

[inglês]

The work “Parede Loos com Paraíso (from the series Bunker – O Homem Ilha)” simulates the facade of a house designed by Adolf Loos for Josephine Baker, but which was never built. The black and white stripes of the façade are transposed onto the interior walls of the museum space, where a video is projected to give life and movement to the architecture. The videomontage is created based on the construction of a virtual model of Baker's house using digital animation techniques, combined with the work “Paraíso (from the series Bunker – O Homem Ilha)” and images of tropical nature captured in old films.

The work explores the duality between architecture and nature, using Baker's house as a symbol of a horizontal architecture that encapsulates and isolates individuals. Real nature is presented as inaccessible and transformed into a mirage or dream, while architecture represents a mechanism of control and normalization. The work also addresses the relationship between the concept of paradise, associated with both nature and utopia, and the concept of “The Island Man”, where the individual is depersonalized and transformed into a naturalized object.

The use of images of bunkers made of stainless steel and glass suggest an ambiguity, representing both a horizontal architecture and a control mechanism. These bunkers are also associated with swimming pools, highlighting the artificial construction of the environment.

This work reflects on the relationship between architecture, nature and the idea of paradise, while at the same time questioning the way in which the “natural” is assimilated and normalized by modern Brazilian society.

Ana Maria Tavares, 2014


Parede Loos com Paraíso ( da série Bunker - O Homem ilha) na exposição Atlântica Moderna: Purus e Negros. Vista parcial da instalação. Museu Vale. Vila Velha. ES. 2014. Foto: Sérgio Araújo


Parede Loos com Paraíso ( da série Bunker - O Homem ilha) na exposição Atlântica Moderna: Purus e Negros. Vista parcial da instalação. Museu Vale. Vila Velha. ES. 2014. Foto: Sérgio Araújo


Parede Loos com Paraíso ( da série Bunker - O Homem ilha) na exposição Atlântica Moderna: Purus e Negros. Vista parcial da instalação. Museu Vale. Vila Velha. ES. 2014. Foto: Sérgio Araújo


Parede Loos com Paraíso ( da série Bunker - O Homem ilha) na exposição Sinfonia Tropical para Loos. Vista parcial da instalação. Galeria Vermelho, São Paulo. Foto: Edouard Fraipont


Parede Loos com Paraíso ( da série Bunker - O Homem ilha) na exposição No Lugar Mesmo: Uma Antologia de Ana Maria Tavares. Vista parcial da instalação. Pinacoteca de São paulo. Foto: Isabella Matheus


Parede Loos com Paraíso ( da série Bunker - O Homem ilha) na exposição No Lugar Mesmo: Uma Antologia de Ana Maria Tavares. Vista parcial da instalação. Pinacoteca de São paulo. Foto: Isabella Matheus