Forgotten Mantras, 2016
Dimensão / Dimension
161 x 161 7.5 cm
Categoria / Category
painel
Material / Materials
Aço inox colorido e gravado; ACM, alumínio anodizado
[português]
FORGOTTEN MANTRAS reúne todas as expressões usadas desde 1998 e busca, por
meio do jogo de palavras, pontuar códigos e condições de controle e
descompressurização da vida contemporânea. Sinalizam nosso modo de vida atual a
qual nos conduz à uma busca de constante bem-estar, de prazer e de poder, a fim
de nos descolarmos das pressões e buscar novas formas de sentir, mesmo que
sejam condições apenas ilusórias e passageiras. Como por exemplo, Sparkling
Water que denota para nós uma espécie de upgrade de sofisticação em relação ao
que se refere: simplesmente, água. Ou mesmo Lexotan ou Credit Card, usados recorrentemente
e carrega uma promessa de nos aliviar das pressões cotidianas de seus usuários.
A indústria do turismo, por exemplo, se utiliza justamente destas formas de
comunicação para nos seduzir com a promessa infinita de prazer.
Fabricadas em aço inox colorido e gravado, as peças compõem uma
espécie de parede-poema ou um jogo de caça-palavras onde o olho é conduzido a
decifrar o texto, seus conteúdos e o próprio ambiente projetado nas superfícies
dos azulejos espelhados.
A obra que dá origem a esta coleção continuada de palavras e
expressões é a exposição Porto Pampulha, 1997 e Relax’o’Visions, 1998.
Cityscape (Parede Ana Maria Tavares para Niemeyer), apresentada originalmente
na Bienal 50 Anos em 2001, foi a instalação que inaugurou as séries produzidas
posteriormente, onde as palavras e expressões que se acumulam nas superfícies
das obras dão origem ao que defini como “mantras”. Por meio da repetição, estes
termos criam uma sonoridade que reverbera em nós e dá à obra mais uma camada, a
qual se soma ao espelhamento do material e o texto gravado em sua superfície.
Dentre as obras realizadas, há também outras tridimensionais, realizadas a
partir de 2015 em acrílico e em forma de imagem digital.Por fim, é importante notar que nas obras, o uso de expressões e
palavras em várias línguas advém da percepção de que a vida contemporânea é
marcada por uma homogeneização presente nas circulações de sentimentos e modos
de vida que atravessam diversas culturas, todas já contaminadas pelo apelo
capitalista de reduzir o sentir a algo coletivo e não diferenciado.
Ana Maria Tavares, 2016
Forgotten Mantra I e II na Galeria Silvia Cintra, Rio de Janeiro, 2016. Foto: Jaime Acioli
Forgotten Mantra (detalhe). Foto: Jaime Acioli
Forgotten Mantras III, 2023. Aço inox colorido e gravado, ACM e alumínio anodizado. 160 x 160 x 7,5 cm. Edição única. Créditos: Pedro Perez Machado.
Forgotten Mantras III, 2023. Créditos: Pedro Perez Machado.
Detalhe da obra Forgotten Mantras III, 2023. Créditos: Pedro Perez Machado.
Forgotten Mantras IV, 2023. Aço inox colorido e gravado, ACM e alumínio anodizado. 160 x 160 x 7,5 cm. Edição única. Créditos: Pedro Perez Machado.
Forgotten Mantras IV, 2023. Créditos: Pedro Perez Machado.
Detalhe da obra Forgotten Mantras IV, 2023. Créditos: Pedro Perez Machado.
Detalhe da obra Forgotten Mantras IV, 2023. Créditos: Pedro Perez Machado.