Exit I com Parede Niemeyer, 1999
Dimensão / Dimension
240 x 400 x 195 cm
Categoria / Category
installation
Material / Materials
Aço inox, alumínio, borracha, fone de ouvido, CD player e espelho / Stainless steel, aluminum, rubber, headset, CD player and mirror

[português]

A série EXIT foi criada em 1998 como uma instalação inicialmente intitulada Exit (Rotterdam Lounge). Cinco escadas utilizadas para embarque em aviões foram desenhadas em diferentes tamanhos e formatos para serem dispostas em um grande lounge. Do topo das escadas o visitante poderia ouvir uma peça sonora diante de painéis de espelhos que ocupariam o grande hall de um edifício na cidade de Rotterdam, Holanda. Devido à grande logística implicada na ocupação do edifício de Rottedam a realização desta instalação tornou-se inviável. No entanto, o convite para participar da exposição coletiva Território Expandido no SESC Pompéia, em 1998, curada por Angélica de Morais, mostrou-se como o ambiente ideal para a confecção da primeira peça do projeto Rotterdam Lounge. Esta mostra teve como objetivo homenagear os indicados ao Prêmio Multicultural Estadão e caberia a cada artista convidado escolher seu homenageado. Assim, a primeira aparição de EXIT se deu como uma homenagem ao Sr Emanoel Araújo. Foi somente em sua segunda apresentação pública que EXIT ganhou seus atributos definitivos e se tornou EXIT I com Parede Niemeyer, ocasião em que, à convite de Tadeu Chiarelli, ocupou o grande salão do MAM-SP, durante o Panorama 99. Deslocando minha produção das questões formais mais pertinentes à minha geração e à anterior, Tadeu Chiarelli compreendeu a importância de contextualizar a obra no segmento A ARTE E AS (IR)REALIDADADES DO COTIDIANO, onde figurariam artistas tais como Ricardo Basbaum, Oriana Duarte, Paula Trope entre outros, dedicados à questões além da forma e voltados a pensar à cidade a as relações com o outro. Esta obra marcou um momento importante na produção e abriu caminho para uma série de novas experiências que ampliavam o questionamento crítico, já presente no trabalho, acerca das construções ideológicas presentes na arquitetura modernista brasileira, em especial, os partidos defendidos pela Escola Carioca a partir dos anos quarenta. A segunda versão desta série, EXIT II, foi realizada para a Bienal de Istambul, a convite da curadora Yuko Hasegawa. A partir de 1999 as duas obras foram expostas em diversos países, em instalações inéditas que conferiram ao trabalho características únicas. EXIT I e EXIT II com Parede Niemeyer pertencem a importantes coleções da França e de Portugal. Para a retrospectiva da Pinacoteca em 2016 a terceira instalação da série chamada Exit III com Parede Niemeyer (Estação Luz) ocupou o espaço central do edifício. Como podemos ver a seguir, em cada intervenção realizada, a obra Exit com Parede Niemeyer incorpora em seu título e em sua forma instalativa os conteúdos físicos e dicursivos relativos aos lugares onde se instala. 

Ana Maria Tavares, 2016


Exit I com Parede Niemeyer, 1999. Vista da exposição "Território Expandido" no Sesc Pompéia, São Paulo, em 1999. Créditos: Mauro Restiffe.


Exit I com Parede Niemeyer, 1999. Vista da exposição "Panorama 99", no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), em 1999. Créditos: Mauro Restiffe.


Exit I com Parede Niemeyer, 1999. Vista da exposição "Auf eigene Gefahr", em Frankfurt, Alemanha, em 2003. Créditos: Martin Grossmann.