Natural Natural: Paisagem e Artifício
Data / Date
2013
Local / Location
MAC - Dragão do Mar
Cidade / City
Fortaleza - CE

Natural Natural: Paisagem e Artifício é um projeto de exposição colaborativa e processual que visou interrogar a tríade modernismo­-modernidade-modernização. Este projeto foi especialmente pensado para a cidade de Fortaleza, com itinerância em Juazeiro do Norte e se estruturou a partir de quatro laboratórios de imersão os quais deram origem à exposição que reuniu o resultado das experiências desenvolvidas. Todas as atividades, de natureza investigativa, foram pensadas como plataformas de ‘formação e in­formação expandidas’, as quais transcendem não só o modo tradicional em que se produz o conhecimento, mas também suas instituições: a es­cola e o museu. Os LAB-01 e LAB-02: Reconstruções de Paisagens, foram formulados a partir da produção de Burle Marx em Fortaleza na déca­da de sessenta e o estudo de caso de dois de seus jardins projetados para a cidade --o jardim do Edifício Passaré, sede do Banco do Nor­deste e o jardim do Teatro José de Alencar. Estes laboratórios visaram à investigação de técnicas, processos e materiais para a produção de obras de arte em colaboração com artesãs e designers locais. O LAB-03: Pesquisa - Entre a história e a atualidade do lugar, buscou referên­cias importantes em arquivos da cidade, sua história e as tensões que definem a paisagem atual. Por fim, o LAB-04: Entre Ciência, Política e Estética foi concebido como um Seminário Internacional para promover uma perspectiva critica sobre a interação da arte e da arquitetura com a ciência e o social. Artistas, designers, teóricos, historiado­res do Brasil e estrangeiros e o público em geral, se reuniram duran­te dois dias, para debater sobre a dicotomia entre progresso e atraso, pureza e contaminação, beleza e feiúra, e ciência e ideologia, que subjazem ao coração do movimento moderno Brasileiro. Adotando metodo­logias científicas, estes quatro laboratórios produziram e testaram técnicas e hipóteses relacionadas ao modo como a construção do espaço --natural e arquitetônico-- tornou-se um dispositivo tecnológico para as ideologias modernistas. Em minhas instalações e intervenções em arquiteturas e nas cidades, tenho me dedicado a interrogar a arquitetura moderna através de ações dialógicas entre espaço e sujeito, forma e conteúdo, que in­tercambiam saberes e privilegiam uma produção artística reativadora dos espaços, arquivos e ideologias. Assim, a proposta para exposição Natura-Natural: Paisagem e Artifício se afirmou como a instauração de um lugar orgânico, processual e dialógico para dar a ver uma produção artística colaborativa, construída na confluência dos campos da arte­sania popular, da arte, da arquitetura e do paisagismo, presentes na cultura moderna do Ceará, em especial, da cidade de Fortaleza. Natural Natural: Paisagem e Artifício se configura como um processo de escuta que teve como objetivo inspirar a criação de obras de arte, a revisão de metodologias e técnicas de pesquisa e produção de arte, a reunião de documentos e objetos, o cruzamento de diversas falas e posicionamentos que ganham visibilidade no espaço-tempo desta mostra e no Seminário Internacional. 

Ana Maria Tavares. Fortaleza, setembro 2013


Jardim para Burle Marx (Sala Branca), 2013: detalhe [esq]: Coluna com Banco de Elevador, 1997. Aço inox, couro branco, teflon, madeira e espuma. 420 x 48 cm x 30 cm. Tiragem: 10. [centro] Jardim para Burle Marx (Sala Branca). Tecidos e fios diversos de algodão, lã e poliéster, couro, madeira, aço inox e manta acrílica. [parede}Natureza (da série ‘Bunker, o Homem Ilha’), 2005. Video projeção em 4 monitores LCD 52". Duração: 30’ (modo looping). Imagens originais captadas por Capitão Friedeich Johann Heinrich Schenk (1876-1959) no período 1932-1938. Arquivo: Família Schenk, Suíça. Imagens cedidos à artista em 2004. Formato: filme 16 mm telecinado e transferido para formato DVD: mudo, PB. Locais: viagens realizadas no percurso entre Hamburgo, Alemanha e Buenos Aires, Argentina . Concepção e direção de edição: Ana Maria Tavares. Edição: Juliana Mori e Pedro Perez Machado. Foto: Bruno Shultze.


Foto: João Tavares Pini.


Detalhe de obra. Foto: Vitor Cesar.


Detalhe de obra. Foto: Vitor Cesar.


Detalhe de obra. Foto: Bruno Shultze.


Vitórias Régias para o Rio Cocó (I a XVI), 2013. Tecidos e fios diversos, acrílico, aço inox, nióbio, ouro rosa, cobre. Instalação 50 m2. Foto: Bruno Shultze.


Foto: João Pini.


Foto: João Pini.


Foto: João Pini.


Foto: João Pini.


Foto: João Pini.


Fachadas Insanas (Biombos da série Condomínios), 2013 Madeira, acrílico, poliestireno, poliéster espelhado, couro metalizado e aço cromado 25 m2. Foto: João Pini.


Detalhe: Fachadas Insanas (Biombos da série Condomínios), 2013 Madeira, acrílico, poliestireno, poliéster espelhado, couro metalizado e aço cromado 25 m2. Foto: Bruno Shultze.


Fachadas Insanas, 2013. Foto: Bruno Shultze.


Detalhe: Azulejos Poros I a IV (da série Condomínios), 2013. Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnmüehle Photo Rag 308g. Bordado em ponto arroz; placa petri e madeira freijó. 176 x 362 x 6 cm. Fotomontagem: Pedro Perez Machado. Foto: Bruno Shultze


Detalhe: Azulejos Poros I a IV (da série Condomínios), 2013. Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnmüehle Photo Rag 308g. Bordado em ponto arroz; placa petri e madeira freijó. 176 x 362 x 6 cm. Fotomontagem: Pedro Perez Machado. Foto: Bruno Shultze


Detalhe: Azulejos Poros I a IV (da série Condomínios), 2013. Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnmüehle Photo Rag 308g. Bordado em ponto arroz; placa petri e madeira freijó. 176 x 362 x 6 cm. Fotomontagem: Pedro Perez Machado. Foto: Bruno Shultze


Fachadas Insanas (Biombos da série Condomínios), 2013 Madeira, acrílico, poliestireno, poliéster espelhado, couro metalizado e aço cromado 25 m2. Foto: Bruno Shultze


Detalhe: Fachadas Insanas (Biombos da série Condomínios), 2013 Madeira, acrílico, poliestireno, poliéster espelhado, couro metalizado e aço cromado 25 m2. Foto: Bruno Shultze


Detalhe: Fachadas Insanas (Biombos da série Condomínios), 2013 Madeira, acrílico, poliestireno, poliéster espelhado, couro metalizado e aço cromado 25 m2. Foto: Bruno Shultze


Detalhe. Foto Bruno Shultze


Vista geral da instalação. Pandanus. Palha de bananeira, espuma de polietireno expandido, papel kraft, aço carbono. Organismos Luz. Grafite e pastel sobre papel sobre papel Hahnmüehle Photo Rag 308g. 75 m2. Foto: João Tavares Pini


Detalhe: Organismos Luz. Grafite e pastel sobre papel sobre papel Hahnmüehle Photo Rag 308g. Foto: João Tavares Pini


Detalhe: Organismos Luz. Grafite e pastel sobre papel sobre papel Hahnmüehle Photo Rag 308g. Foto: João Tavares Pini


Vista geral da instalação. Pandanus. Palha de bananeira, espuma de polietireno expandido, papel kraft, aço carbono. 75 m2. Foto: João Tavares Pini


Detalhe: Pandanus. Palha de bananeira, espuma de polietireno expandido, papel kraft, aço carbono. 75 m2. Foto: João Tavares Pini


Detalhe: Pandanus. Palha de bananeira, espuma de polietireno expandido, papel kraft, aço carbono. 75 m2. Foto: João Tavares Pini


Detalhe: Pandanus. Palha de bananeira, espuma de polietireno expandido, papel kraft, aço carbono. 75 m2. Foto: João Tavares Pini


Vista geral da Sala de Referências, resultado da pesquisa e do convívio com artistas, artesãos, pesquisadores, gestores e a comunidade em geral. Além de apresentar o processo de trabalho desenvolvido em quase um ano de atividades, apresenta uma série de obras históricas e outras realizadas especialmente para a exposição por artistas convidados, entrevistas e documentos que inspiraram ou nortearam o estudo de caso sobre a passagem de Burle Marx em Fortaleza a partir dos anos sessenta. Foto: Bruno Shultze. Expografia: Vitor Cesar


Vista geral da Sala de Referências. Esquerda: Guiomar Marinho (Curitiba). Vive e trabalha em Fortaleza). Tapeçaria Bananeira, década de 1980. Bordado. Fibra de burití, originária da palmeira do mesmo nome, fiada e tingida pela artista com técnica própria. Fios de lã de diversos diâmetros e cores. 152 x 90 cm. Coleção da Artista. Foto: Bruno Shultze


Vista geral. Sala de Referências. Obras do acervo Ana Maria Tavares, realizada nos anos oitenta, mostradas aqui por criarem um diálogo com as proposições e o desenvolvimento das obras durante os Laboratórios de Imersão e com os trabalhos dos artistas convidados. Ao fundo, obra de Silvania de Deus, especialmente criada para a exposição. Foto: João Tavares Pini


Direita: Fotomontagens e documentação das instalações de Ana Maria Tavares no período entre 1984-1986 e obras dos artistas: Fabiola Salles Mariano, Sillas de Paula, Pedro Perez Machado, Guiomar Marinho. Foto: João Tavares Pini.